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Alucinação: Sintoma que preocupa

Alucinação: Sintoma que preocupa

É bastante comum ouvir alguém dizer que fulano está vendo coisas, ou que alguém vê chifres na cabeça de cavalo, estes ditos populares fazem parte do nosso folclore. Estas frases trazem no seu entendimento a ideia de alucinação que aponta para uma mistura de coisas percebidas e coisas imaginadas.  Do ponto de vista psicológico, toda alucinação é a percepção concreta e real de pessoa, animal ou objeto inexistente. A pessoa percebe sons, constrói imagens em três dimensões, como se verdadeiras fossem dada a convicção com que acredita no objeto alucinado.Associamos a alucinação ao órgão de sentido mais evidente na descrição do sujeito que a declara.  Elas podem ser visuais, auditivas, táteis ou combinados desses e de outros sentidos. Quem nunca acreditou sentir o cheiro de uma fruta sem que ela estivesse presente e próxima a ele?  Quem nunca achou que ouviu uma pessoa chamar por si sem que pudesse ver quem chamou? Quem nunca acreditou ter visto alguém na penumbra ou construiu imagens a partir de objetos que se moviam a uma certa distância em local escuro?Mas, antes de pensarmos mal a respeito de nossa saúde psíquica, vamos deixar claro que algumas elucubrações são naturais e saudáveis.  A dúvida sobre o que se percebe é fundamental para definir o que é percebido. O que é doentio é a plena convicção que a pessoa tem acerca do material imaginado, como se percebido fosse.  A pessoa que está num ambiente que apresenta aspectos misteriosos, tenderá a fazer juízos a respeito de sons, imagens e outros elementos de percepção baseada no medo, na insegurança, sobretudo se estiver atravessando momentos difíceis na vida.Por outro lado, quando a pessoa se diz convicta do que sente e do que percebe, embora o sentido e percebido não exista, está em delírio e, por isso, a ajuda psicológica pode ser exigida. Também, dependendo do grau de desrealização, a ajuda psiquiátrica é bem-vinda. Pessoas que tem alucinações exuberantes, estão substituindo a realidade pelo que imagina ser real. Tipicamente assim agem os esquizofrênicos e os parafrênicos. Os esquizofrênicos fazem o que chamamos de fuga da realidade. Essas pessoas não costumam apresentar sintomas de que sofrem com a realidade. Algumas ficam em situação limítrofe, em que hora sofrem com a realidade e hora nada sentem.  Já os parafrênicos são aqueles que tem manias de inferioridade, de perseguição e outras. Quando a mania é predominantemente de perseguição, a pessoa que acredita estar sendo perseguida constrói imagens daquela pessoa que a persegue. Chega a combinar elementos com extrema dose de realismo. Ela crê que vê o perseguidor como o descreve. Se acha que vê animais ameaçando, ela os descreve e interage com eles. O discurso é mais ou menos assim: Você não vê as formigas gigantes? Olha lá, vermelhas, de olhos imensos, estão se aproximando de você! Fuja! E poderá sair correndo se estiver em local aberto.  Esse é um mecanismo muito comum e independe de qual a classe social ou faixa de idade ou de cultura ela pertença. Crianças também alucinam, algumas inventam irmãozinhos para culpá-los por quebrarem objetos que ela quebrou. Fazem isso para não receberem sanções dos pais.Alucinação difere da mentira. A pessoa que mente está deliberadamente inventando uma história para fazer outros acreditarem na mesma. A pessoa que alucina está convencida que vê, que escuta barulhos, sem que existam. Logo, não está mentindo para si mesma.

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